segunda-feira, 5 de julho de 2010

2- AS MUITAS FORMAS DE COMUNICAR-NOS

Vivemos muitas formas diferentes de comunicação, existem processos de comunicação mais autênticos, ou seja, que expressam o que somos,até onde percebemos, e processos inautêntico que não correspondem ao que percebemos. Há processos de comunicação que produzem mudanças, que nos modificam e modificam outras pessoas, mas processos não nos modificam, nos deixam onde estávamos, nos confirmam em nossos universos mentais pessoais e grupais. Na comunicação aparente é um processo em que as pessoas falam e respondem, sem prestarem atenção ao outro e ao que ele está dizendo, a sua resposta não é siginificativa, não modifica o que diz, poruq ena realidade está mais atento ao que temos a dizer do que ao que o outro está querendo dizer. Na comunicação superficial há uma interação limitada, com trocas previsíveis sobre temas socialmente definidos e com limites peestabelecidos culturalmente ou pelos grupos e indivíduos, a comunicação superficial são trocas de assuntos sobre específicos que não expõe muito a intimidadeda cada um como assuntos sobre futebol, fofocas, bate-papos, ou seja, sem revelar o eu profundo. Na sociedade urbana, muitas pessoas passam a maior parte do tempo em troca limitada, em que não convém se expor pessoalmente, A complexidade da vida urbana, a competição feroz pela sobrevivência dificultam a possibilidade de desenvolver processos de comunicação pessoais e grupais mais profundos. A comunicação autoritária é uma troca ou interação dentro de um sistema fechado, em que se expressam relações de poder, de dominação, é uma troca desigual onde um fala e o outro obedece. Existe uma interação autoritária explícita, clara, e outra implícita, camuflada, a maior parte das interações autoritárias é disfarçada e a implícita é mais difícil de perceber. Na comunicação real os parceiros estão abertos e querem trocar ideias, vivências, experiências, dos quais ambos saíram enriquecidos. O discurso é franco, objetivo e participativo, o que o outro fala tem repercussão em nós, ajuda a pensar é uma forma de conselho que acatamos. Existe graus de comunicação real, o primeiro acontece, por exemplo, numa conversa ocasional, o segundo como uma comunicação aberta que interagem habitualmente e o terceiro a interação que as pessoas se comunicam profundamente com códigos verbais e não-verbais. O campo onde se decide realmente a comunicação é o pessoal, o intrapessoal, que interfere profundamente nas outras formas de comunicação, a mais difícil é a intrapessoal pelo fato de conseguir expressar as múltiplas vozes que se manifestam em nós. Pela comunicação intrapessoal procura-se equilibrar as nossas contradições, comunicar-nos entre o nosso universo organizado e o desorganizado, o visível e o invisível, entre o que controlamos e o que nos escapa, "Quanto mais pessoas conseguirem mudar, evoluir, tornar-se mais flexíveis, ricas, generosas pessoalmente ou em grupo mais facilmente a sociedade evoluirá". Comunicar-se pessoalmente é aceitar as inúmeras dificuldades em sermos coerentes, em vivenciar o que racionalizamos, em assumir o lado negro, complicado da nossa existência, é importante manter abertos os canais de comunicação. Pela comunicação pessoal podemos integrar corpo e mente, as sensações, as emoções, a razão, a intuição, podemos perceber, sentir, entender, compreender, agir dentro da nossa forma de estar no mundo, integrando a nossa história pessoal, nossas qualidades e defeitos, nossas características dentro do ritmo que nós é possível. Pode-se dizer então que devemos valorizar o que somos, o que fazemos de melhor e estar atentos para incorporar novas habilidades, novos enfoques, novas atitudes, novas práticas. Aprendemos e evoluímos pela comunicação com os outros, pelas várias formas de comunicar-se, servimos aos outros como espelho e nos espelhamos neles e por meio deles. Pela comunicação interpessoal expressamos o melhor de nós e buscamos também o nosso eixo, encontrar-se, compreender-se a partir de como os outro veem, as interações que mexem com os sentimentos, com o afeto são as mais significativas, as que mais nos influenciam. Pela comunicação interpessoal criamos com outras pessoas novas realidades, modificamos nossa forma de ver e a delas, ajudam-nos a perceber melhor um mesmo assunto, a modificar algum aspecto do nosso mundo "quanto mais livre a pessoa, melhor ela se comunica". A comunicação depende de nos, mas também do outro e também do tipo de relação que se estabelece entre eles. Se a interação for superficial deve-se mostrar uma atitude de confiança, participamos também de interações formais que são habituais pouco participativas como pessoas que convivemos no trabalho ou vizinhos, participamos de formas de interação negativa que são com pessoas com quem temos problemas. Existe também outras situações de comunicação mais afetiva, íntima, com amigos e com pessoas próximas, que são aquelas que podemos confiar. Na comunicação a resistências ideológicas que são pessoas que têm o universo ,emtal diferente, incompatível, resistência intelectuais que tem ideias opostas, resistências emocionais de pessoas que têm experiências negativas, também há descompassos que são tempos de compreensão diferentes e mal-entendidos que acontecem muitas vezes de ambas as partes, quando não há vontade de escutar realmente o parceiro. Devemos sermos mais coerentes, abertos, para que os outros também facilitem o processo, interajam melhor conosco e se modifiquem.

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